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A-29 Super Tucano do Líbano: EUA autorizam US$ 100 milhões

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O A-29 Super Tucano do Líbano segue em destaque nas relações militares internacionais. O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma nova venda militar para o governo libanês, desta vez no valor estimado de US$ 100 milhões, destinada à manutenção e ao suporte logístico das aeronaves A-29 Super Tucano, fabricadas pela brasileira Embraer. Trata-se de um importante reforço para as Forças Aérea do Líbano (LAF), que operam essas aeronaves em missões cruciais de apoio aéreo e vigilância.

O que inclui esse novo pacote de apoio?

O contrato aprovado pelo governo americano vai muito além de simples peças de reposição. O pacote engloba:

  • Equipamentos de suporte operacional;
  • Peças sobressalentes e componentes de reposição;
  • Softwares e sistemas de missão;
  • Publicações técnicas e manuais atualizados;
  • Vestuário e equipamentos específicos para tripulações e manutenção;
  • Serviços especializados de engenharia e suporte logístico;
  • Transporte de materiais e equipamentos;
  • Manutenção preventiva e corretiva;
  • Dispositivos especiais como CADs (Cartridge Actuated Devices) e PADs (Propellent Actuated Devices), essenciais para a segurança operacional das aeronaves.

Essa negociação amplia um acordo anterior, avaliado em US$ 43,7 milhões, firmado em condições que não exigiram notificação prévia ao Congresso americano.

Por que o A-29 Super Tucano do Líbano é tão importante?

Desde sua introdução nas Forças Armadas Libanesas, o A-29 Super Tucano tem desempenhado papel fundamental na segurança da região. As aeronaves atuam principalmente no sul do país, onde monitoram o cumprimento do cessar-fogo firmado em novembro de 2024. Suas missões envolvem:

  • Apoio aéreo próximo às tropas em terra;
  • Operações de inteligência;
  • Vigilância e reconhecimento tripulados (ISR);
  • Patrulhamento de fronteiras e áreas sensíveis.

O governo dos Estados Unidos considera o Líbano um parceiro estratégico no Oriente Médio. A venda desses serviços e equipamentos fortalece não apenas a capacidade operacional do país, mas também a política externa e os interesses de segurança nacional americanos.

O impacto estratégico da venda para o Líbano

Segundo o Departamento de Estado, a venda ao Líbano “apoia a política externa e os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos ao fortalecer a segurança de um parceiro estratégico que continua sendo uma força importante para a estabilidade política e o progresso econômico no Oriente Médio”.

A expectativa é que o governo libanês integre plenamente esses serviços e equipamentos às suas operações militares, melhorando a eficácia de suas missões no campo.

Quem será responsável pelo contrato?

A execução ficará a cargo da Sierra Nevada Corporation (SNC), uma empresa americana sediada em Sparks, Nevada. A SNC tem longa experiência na modernização e suporte do A-29 Super Tucano, sendo responsável por integrações e atualizações nos modelos exportados.

Até o momento, não foram definidos acordos de offset — aquelas compensações industriais ou comerciais habituais em contratos militares — mas essa possibilidade não está descartada e poderá ser negociada futuramente entre o Líbano e a empresa responsável.

Presença americana no Líbano? Não será necessária

Apesar do vulto financeiro, o contrato não exigirá o deslocamento de representantes adicionais dos EUA ou de empresas contratadas para o território libanês. O governo americano também destacou que o acordo não impactará negativamente a prontidão militar dos Estados Unidos.

Conclusão: O A-29 Super Tucano do Líbano continua sendo peça-chave na segurança regional

Com esse reforço logístico e de manutenção, o A-29 Super Tucano do Líbano mantém sua posição como vetor fundamental para a defesa e a vigilância aérea do país. O investimento demonstra a importância do avião leve de ataque brasileiro no cenário internacional, consolidando-se não apenas como uma ferramenta militar, mas também como um elo diplomático entre nações.

O que você acha desse acordo? O A-29 Super Tucano pode se tornar ainda mais relevante na política do Oriente Médio? Deixe sua opinião nos comentários!

Fonte: Poder Aéreo