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Eurofighters e A400M da Alemanha realizam operação conjunta

Eurofighters e A400M da Alemanha realizam operação conjunta

A Força Aérea Alemã realizou pela primeira vez uma operação conjunta que levou caças Eurofighter e aeronaves de transporte A400M diretamente da Alemanha para os Emirados Árabes Unidos.

A missão marcou a estreia do modelo de desdobramento rápido fora da Europa, com pouso direto na base aérea de Al-Dhafra, no deserto árabe.

Três Eurofighters do Esquadrão Tático de Caça 73 “Steinhoff” voaram aproximadamente 5.000 quilômetros acompanhados por três aeronaves A400M do Esquadrão de Transporte Aéreo 62, com base em Wunstorf. Além de transportar equipamentos e pessoal, os A400M atuaram como aeronaves-tanque, realizando até oito reabastecimentos em voo para garantir a travessia sem escalas.

Trajeto da operação com Eurofighters e A400M

Ao contrário dos modelos tradicionais de desdobramento militar, que dependem de equipes avançadas para preparar o terreno, essa missão foi realizada em uma única etapa. A chegada aos Emirados foi seguida por prontidão operacional quase imediata, sem necessidade de infraestrutura montada previamente. A operação demonstrou a capacidade da Luftwaffe de agir com rapidez extrema — um fator crucial em cenários reais como evacuações de emergência ou missões de apoio internacional.

A operação segue os conceitos de operações dispersas, que a Força Aérea Alemã vem desenvolvendo nos últimos anos. Nesse modelo, caças operam a partir de múltiplos pontos descentralizados e temporários, reduzindo vulnerabilidades e ampliando a flexibilidade tática. Exercícios como BAANA e Hannover Shield já haviam validado esse tipo de atuação na Europa, mas esta foi a primeira aplicação fora do continente.

A missão também serviu como preparação para a participação alemã no exercício Desert Flag 2025, no qual forças aliadas devem operar de forma integrada, sem tempo para transições logísticas longas. Essa capacidade de agir com agilidade e precisão aumenta a interoperabilidade da Alemanha com parceiros internacionais e reforça sua prontidão para cenários críticos, como o resgate de civis em zonas de conflito — como ocorreu na evacuação do Líbano em 2024.