
A Operação Midnight Hammer foi o ataque às instalações nucleares do Irã por aviões americanos. O Irã construiu instalações subterrâneas para abrigar as supercentrífugas que fazem esse refino de urânio. Depois de diversos alertas, a AIEN denunciou em 2024 que o Irã já estava refinando 235U a 60%.
Isso é muito além do grau de pureza que se utiliza em reatores nucleares. Geralmente, urânio entre 3,5% e 4,5%. Reatores militares usados em submarinos e porta-aviões usam urânio a 20%.
Israel decidiu que é inaceitável que o Irã tenha acesso a armas nucleares e efetuou uma série de ataques contra o país. Mas a instalação com as centrífugas, em Fordow, foi construída dentro de uma montanha, e Israel não possui armas convencionais capazes de atingi-la.
A única bomba com tal poderio é a GBU-57 series MOP (Massive Ordnance Penetrator). Um monstro de 6m e 12 toneladas, que somente o bombardeiro B-2 Spirit é capaz de carregá-la.
No dia 22 de junho de 2025, a Força Aérea dos Estados Unidos usou 6 bombardeiros B-2 para atacar as instalações de enriquecimento de urânio em Fordow e as instalações nucleares em Natanz e o centro de tecnologia nuclear em Isfahan.
Foi um ataque limpo, sem baixas em nenhum dos lados, sem qualquer tipo de reação por parte do Irã. Ataque totalmente de surpresa. Assim como o resto do mundo, incluindo quem já esperava um ataque.
Dias antes do ataque ao Irã, especialistas de OSINT (Open Source Intelligence) detectaram dezenas de aviões-tanque decolando dos EUA rumo à Europa. Sinal claro que algo estava para acontecer.
Suporte aos B-2 Spirit
Aviões de reabastecimento são essenciais na guerra moderna. Estimativas de autonomia são muito otimistas no papel, na prática um B-2 precisa ter sempre combustível suficiente para voar até um aeroporto aliado, ou neutro.
O relatório oficial fala que aeronaves escoltaram os B-2, sem especificar tipo ou quantidade. Com isso, presume-se caças Stealth F-22 Raptor teriam decolado da Jordânia ou do Catar, mas isso é só parte da história.
Foram utilizados caças para ataque ao solo e supressão de radares e lançadores de mísseis, presumivelmente caças F-35 e F-16 com mísseis HARM (anti-radiação eletromagnética, emitida por radares) que abriram caminho entre as defesas iranianas.
Eles foram acompanhados por diversos aviões EA-18G Growler, da Marinha Americana, lançados pelos porta-aviões Carl Vinson e Nimitz. O Growler é um F-18 adaptado. Ele é capaz de gerar todo tipo de interferência, por isso durante o ataque vários relatos falavam de sinais de GPS saltando loucamente, e até celulares dando hora errada.
Também usaram vários caças de 4ª geração, provavelmente F-15s, para lançar chamarizes, pequenos drones que simulam a assinatura de radar de um avião bem maior.
No total, a Operação Midnight Hammer empregou 125 aeronaves, que tiveram que coordenar com dezenas de tankers para reabastecimento, sincronizando para que ninguém saísse muito na frente ou atrasado.
Imagens do ataque

As fotos de satélite mostram grandes áreas da montanha cobertas de detritos, e dois buracos de túneis de ventilação, por onde DOZE GBU-57s entraram. Especialistas apontam que o Irã seria capaz de construir algo que resista a isso. As centrífugas estão destruídas.
